sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nesse imenso cenário de tolos Não quero ser platéia, mas ser palco

No circo da vida não sou o palhaço
O principal dessa louca tragédia
Invejo-o com os seus nervos de aço
Seus malabáres e suas estratégias
E eu não quero mais nenhum consolo
E nem perfumar-me com o seu talco
Nesse imenso cenário de tolos
Não quero ser platéia, mas ser palco

To querendo subir no picadeiro
Não vou tremer na corda-bamba da vida
Irei mostrar para o mundo inteiro
Que não temerei na longa subida
Mas, se eu tropeçar e cair no solo
Não vou embreagar-me com seu álcool
Nesse imenso cenário de tolos
Não quero ser platéia, mas ser palco

E quando enterrarem minha lona
Será que sentirão falta do meu ato?
Enterrem num deserto em qualquer zona
Coloquem muita areia e asfalto
Se das coisas boas eu fizer rolos
Não irão colocar-me lá no alto
Nesse imenso cenário de tolos
Não quero ser platéia, mas ser palco

Sobre o poema: Esse poema foi escrito em 2004 quando eu era terceiro ano, escrevi porque esse foi um ano que eu me exclui do mundo, sei la...eu tava fechado pra balanço...passando por problemas emotivos...

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