sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nesse imenso cenário de tolos Não quero ser platéia, mas ser palco

No circo da vida não sou o palhaço
O principal dessa louca tragédia
Invejo-o com os seus nervos de aço
Seus malabáres e suas estratégias
E eu não quero mais nenhum consolo
E nem perfumar-me com o seu talco
Nesse imenso cenário de tolos
Não quero ser platéia, mas ser palco

To querendo subir no picadeiro
Não vou tremer na corda-bamba da vida
Irei mostrar para o mundo inteiro
Que não temerei na longa subida
Mas, se eu tropeçar e cair no solo
Não vou embreagar-me com seu álcool
Nesse imenso cenário de tolos
Não quero ser platéia, mas ser palco

E quando enterrarem minha lona
Será que sentirão falta do meu ato?
Enterrem num deserto em qualquer zona
Coloquem muita areia e asfalto
Se das coisas boas eu fizer rolos
Não irão colocar-me lá no alto
Nesse imenso cenário de tolos
Não quero ser platéia, mas ser palco

Sobre o poema: Esse poema foi escrito em 2004 quando eu era terceiro ano, escrevi porque esse foi um ano que eu me exclui do mundo, sei la...eu tava fechado pra balanço...passando por problemas emotivos...

Lição para vida inteira

Vale mais que mil palavras o desenho
Que sem tinta coloria e dava engenho
Para um cenário repleto de magia
Colorido entre a maestria e a poesia

Em um mundo coberto de fantasia
Um aluno chorava e outro ria
Com todas as fantásticas histórias
Que muitas ainda guardo na memória

Aprendi que o eco é mais forte que o tom
Que a caneta é mais forte que a espada
E a conviver com as pessoas amadas

Aprendi que há elos mais fortes que castelos
Que um tijolo faz falta na muralha
E que no peito tem as guerras mais acirradas

Sobre o poema: Escrevi esse poema em 2005 após passar no vestibular, e ele foi escrito para o meu professor de historia Manoel Afonso.

Saudade Não é Passageira

Aparece assim de repente
Entra sem pedir permissão
Trás uma tristeza iminente
As lágrimas caem no chão

Meche profundo comigo
Detona qualquer emoção
Saudade não é passageira
Se alastra no meu coração

Vem como uma mercenária
Querendo a sua comissão
O luto é sua diária
Sua moeda em emissão

Deixa-me sem um abrigo
Sem numa proteção
Saudade não é passageira
Se alastra no meu coração

Sobre o Poema: Esse poema foi escrito em 2006, quando Rosa que trabalhava aqui em casa faleceu, eu fiquei muito triste e com saudades, depois musiquei o poema no estilo de uma mpb.

Quebra-Cabeça

Sou uma máquina abalável,
Tenho consciência e atitudes.
Sou um ser vivo inigualável,
Por causa das minhas virtudes.

Sinto como se eu tivesse
O quebra-cabeça do mundo;
E quando montado ele me desse
As respostas da vida e de tudo.

Acalmo o asco artificial
Com a ciência da conspiração,
Fazendo facínoras de fac-símile.

Como corpos cujas carnes cuspo;
Vivo vendo aonde o vento vai;
Sou Selvagem,Sórdido e Súbito.

Sobre o poema: Escrevi esse poema porque eu acho que dentro de nós humanos temos a resposta do universo como fosse um quebra cabeça, mas mesmo assim não deixamos de ser animais. Poema escrito em 2003 no segundo ano.

Na ladeira das escolhas Vou Arrastando a Minha Vida

Neste mar de indecisão
Vou tentando respirar
Não arrumo solução
Pros problemas afogar
Fico como uma rolha
Numa garrafa entupida
Na ladeira das escolhas
Vou arrastando a minha vida

Nesta grande aflição
O relógio anda devagar
Parece uma lesma no chão
Sem ter marcado pra chegar
É o tempo que me olha
Não passa a hora distraída
Na ladeira das escolhas
Vou arrastando a minha vida

Pra eu ter um dia de cão
Não é preciso trabalhar
Na cabeça é uma confusão
Que não para de pensar
Qualquer coisa me empulha
Nesta vida estúpida
Na ladeira das escolhas
Vou arrastando a minha vida

Eu pareço um mamão
Talvez um vegetal ao luar
Não tomo uma decisão
Pra minha vida melhorar
Vou ficando como uma folha
Que por uma vaca foi lambida
Na ladeira das escolhas
Vou arrastando minha vida

Sobre o poema: Esse poema foi escrito em 25/06/2005 quando eu estava na faculdade fazendo filosofia, e foi numa época que eu estava muito indeciso se iria continuar no curso ou não, eram muitas dúvidas na minha cabeça e o tempo demorava demais pra passar. Foi o ano mais longo da minha vida.

Monólogo De Um Fantasma

Ando pelo corredor
Das fases da minha vida
Agora não sinto dor
Porque esta é minha partida

Cadáveres Caminham Calados
Póstumos Passam Por Ponte
Brincam Batucando Batidas
Nas Nervosas Nuvens Negras

Cada porta uma idade
Cada quarto uma parte
Da minha miséra vida
Que passou por alguns batida

Corredores, Caixões, Cadáveres
Portas, Passagens, Partida
Bêbados Brindam Bastante
Nas Nevoais Necrófagas Negras

Sou uma noite de inverno no deserto
Sou um mosquito no topo do Everest
Sou o ponto no centro entre o leste e oeste
Sou o Tudo, o Nada, a Sombra da Sobra do Resto

Sobre o poema: A história desse poema é a de um Fantasma, que passa por um corredor e vê várias portas, e cada porta quando ele abre tem um quarto, e dentro de cada quarto é contado uma idade da vida dele. No final do poema o Fantasma sofre uma crise Existencial da sua Inexistência.

Como Poesias

Como poesias
Como se fossem chocolates

Como poesias
Como se eu fosse obeso

Como poesias
E meu cérebro aumenta o peso

Como!Como!
Como poesias!

-Como?Como?
Como se comem poesias?

Como tantas
Que acabei excretando essa

Sobre o poema: Esse é um poema metalingüístico que fala sobre o fazer poético, foi escrito em 2004 quando eu era terceiro ano.

Ao Futurismo;Ao Dadaísmo

Ao Futurismo;Ao Dadaísmo

Naquela obra futurista
Iam quatro calados
E eu pensando aluado
Numa poesia pra escrever

A vida é um elevador
Cheio de altos e baixos.
E somos que nem seus botões,
Às vezes livres ou imprensados.

A fonte de Duchamp
Deu-me uma inspiração
E as idéias do Dadaísmo
Deram-me aproxima estrofe

A vida é uma grande privada,
E somos bostas nela.
O fim do mundo é uma descarga,
E o inferno é o esgoto.

Sobre o poema: Esse poema foi feito no meu terceiro ano após ter estudado as vanguardas, o ano era 2004.

A Lógica da Beleza

Procurei a Beleza
E encontrei a Verdade
Não fiquei com Saudade
Da minha Ilusão
E no lugar dessa
Coloquei poesia
Preenchi com maestria
E entoei com canção

Cada traço é um axioma
Preenchido com tintura
A Beleza é uma pintura
Cada verso é uma premissa
Deste grande Silogismo
Que a Verdade é a Beleza
Sendo essa da outra Alteza
E a outra dessa submissa

Sobre o poema: Esse poema eu escrevi depois de uma aula de lógica. O ano era 2005 e eu estava na faculdade de filosofia.

A Perfeição Da Imperfeição

Eu adoro as imperfeições
Em todas minhas feições
Ah! Porque essas o desenho
Não consegue ter o engenho

Ah! A perfeição do desenho
Não contem as imperfeições
Que tem nas minhas feições
Adoro os defeitos que tenho

Sobre o poema: Este poema foi feito após eu comparar uma foto minha de uma namorada com um desenho que o amigo dela fez da foto. O ano desse poema é 2003 e eu era segundo ano
.

Poeira (Dor,Fadiga E Anseio Da Morte)

Esta fadiga que não me deixa fazer nada,
É uma semente que floresce,e se alastra dentro de mim.
Como se aparecesse um cansaço de repente.
Um cansaço iminente,que toma conta da gente de vez,sem cessar.

Dor Inconseqüente!Loucura Insensata!
Aflige-me e se Alastra por todo meu Ser!
Ó!repúdio dos outros ,bom se houvesse consolo,
E não a Humilhação!

Uma Luz?Uma Saída?
Seria uma Busca?Ou uma Partida?
É um anseio do escuro,
É o Escuro Eterno!
Que tomará conta de todos os seres vivos!

Porque nada dura pra sempre!
A vida da gente acaba de repente!

Vida Ingrata!
Porque me dais Tudo?!
Se muita gente nada tem!
Vida Ingrata!
Porque me dais Tudo?!
Se Tudo vai virar poeira,
E Poeira eu também.

Do Pó ao Pó,
Poeira Eu Também.
Porque estou vivo?
Se Poeira serei.
Do Pó ao Pó.
Loucura e Insensatez.
Porque estou vivo?
Se Poeira serei.
.
Sobre o poema: Esse poema foi feito quando eu tive uma crise de pressão baixa, e eu me sentia como se fosse morrer. O ano é de 2001 eu estava na oitava série.

Destino

É incrível o que o destino pode aprontar.
Ele pega dois caminhos diferentes,e pode cruzar.
Ele Faz o inimaginável;
Totalmente diferente do nosso provável.
Ele faz o que não pensamos;
Totalmente diferente do que nós sonhamos.
Ele faz o acontecer;
Totalmente diferente do nosso haver.
Ele faz o amanhã;
Que começa cedinho com nossa manhã.

Às vezes prega peça.
Às vezes faz maravilha.
Com sua força o sol brilha
E faz com que incandesça;
Fazendo que a lua desça;
Pro sol de novo brilhar,
E iluminar o seu olhar,
Só para se apaixonar.

E quando você menos esperar
Ele está por aí;
Brincando,inventando e fazendo insistir.
Se o destino é Deus,não sei.
Mas,sua força incomparável ninguém tem.
Porque ele faz o inimaginável;
Totalmente diferente do nosso provável.
Ele faz o que não pensamos;
Totalmente diferente do que nós sonhamos.
Ele faz o acontecer;
Totalmente diferente do nosso haver.
Ele faz o amanhã;
Que começa cedinho com nossa manhã.

Sobre o poema: Esse poema foi escrito quando a força do destino me fez conhecer uma pessoa num ônibus que se tornou namorada, A data dele é de 2003 eu estava no segundo ano.

O Poeta Que Não Sabia Que Era

É o choro dos desafinados,
É o canto dos desesperados,
É a voz dos que estão apaixonados.

Não sou poeta,
Mas sei dizer,
Que a poesia é uma coisa,
Que não consigo entender.

É a vida transcrita que começa a reviver.
Por alguém apaixonado ou que finge ser.

Sobre o poema: Esse foi meu segundo poema, eu nem sei porque eu escrevi ele, acho que foi porque eu fiquei pensando o que era a poesia, o ano em que foi escrito foi 2001 quando eu estava na oitava série.

Amor

Amor é o sentimento que implícita a dor.
É em quatro paredes se perder o pudor.
Como o acalento de uma mãe condor.
Que voa pela relva ao sentir calor.
E arrisca a própria vida pra morrer de amor

Amar é chorar sem sofrer.
É ganhar se perder.
Amar é sonhar,sem se quer adormecer.
É esperar o sol nascer;
Ver o dia raiar pra ti dizer:
-Amar é você.

Amor é a mais bonita e pequenina flor.
Que nasce pra puxarem e demonstrar o amor.
Que conquistam as mulheres com o seu odor.
Que é o odor suave da mais bela flor.
Que nasce solitária só para o amor.

Amar é chorar sem sofrer.
É ganhar se perder.
Amar é sonhar,sem se quer adormecer.
É esperar o sol nascer;
Ver o dia raiar pra te dizer:
-Amar é você.

Sobre o poema: Esse foi o primeiro poema que eu fiz, e foi feito pra a uma menina que eu estava apaixonado, e que depois se tornou minha primeira namorada, o ano em que foi escrito foi escrito no ano de 2002 quando eu estava na oitava série.