sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Monólogo De Um Fantasma

Ando pelo corredor
Das fases da minha vida
Agora não sinto dor
Porque esta é minha partida

Cadáveres Caminham Calados
Póstumos Passam Por Ponte
Brincam Batucando Batidas
Nas Nervosas Nuvens Negras

Cada porta uma idade
Cada quarto uma parte
Da minha miséra vida
Que passou por alguns batida

Corredores, Caixões, Cadáveres
Portas, Passagens, Partida
Bêbados Brindam Bastante
Nas Nevoais Necrófagas Negras

Sou uma noite de inverno no deserto
Sou um mosquito no topo do Everest
Sou o ponto no centro entre o leste e oeste
Sou o Tudo, o Nada, a Sombra da Sobra do Resto

Sobre o poema: A história desse poema é a de um Fantasma, que passa por um corredor e vê várias portas, e cada porta quando ele abre tem um quarto, e dentro de cada quarto é contado uma idade da vida dele. No final do poema o Fantasma sofre uma crise Existencial da sua Inexistência.

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