sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Na ladeira das escolhas Vou Arrastando a Minha Vida

Neste mar de indecisão
Vou tentando respirar
Não arrumo solução
Pros problemas afogar
Fico como uma rolha
Numa garrafa entupida
Na ladeira das escolhas
Vou arrastando a minha vida

Nesta grande aflição
O relógio anda devagar
Parece uma lesma no chão
Sem ter marcado pra chegar
É o tempo que me olha
Não passa a hora distraída
Na ladeira das escolhas
Vou arrastando a minha vida

Pra eu ter um dia de cão
Não é preciso trabalhar
Na cabeça é uma confusão
Que não para de pensar
Qualquer coisa me empulha
Nesta vida estúpida
Na ladeira das escolhas
Vou arrastando a minha vida

Eu pareço um mamão
Talvez um vegetal ao luar
Não tomo uma decisão
Pra minha vida melhorar
Vou ficando como uma folha
Que por uma vaca foi lambida
Na ladeira das escolhas
Vou arrastando minha vida

Sobre o poema: Esse poema foi escrito em 25/06/2005 quando eu estava na faculdade fazendo filosofia, e foi numa época que eu estava muito indeciso se iria continuar no curso ou não, eram muitas dúvidas na minha cabeça e o tempo demorava demais pra passar. Foi o ano mais longo da minha vida.

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